domingo, 28 de março de 2010

VASCULHEI O BAÚ DOS MEUS SONHOS





O cantinho escondido onde depositei os sonhos não realizados
Se transformou com o tempo no baú de renúncias mas não esqueci
Minha vida passou entulhada de desejos vivos e mortos guardados
Em parte por todos me jogarem pedras no precipício me atirei e sofri

Vasculhei o baú dos meus sonhos com esperança
Para ressuscitar um sonho há muito moribundo parti
Me recuso a deixar morrer esse sonho antigo de criança
E vou correr atrás mesmo que ninguém me estenda a mão aqui

Já não consigo mais contar quanta incompreensão
E quantos desenganos sofri
E se hoje me acham bem diferente e digna de admiração
Falo que nem eu me reconheci...


(Fátima Guimarães)