sábado, 27 de novembro de 2010

DOR NÃO SE MEDE


Tive sonhos e o mais ardente deles
Foi o de ser amada - mas você não me quis!
Duas vidas agora tenho
A vida que agora vivo
E a que sonho ao teu lado viver...

Do Passado faço culto!
Mas tenho cá o meu rito:
O que foi triste, eu o sepulto!
E o que foi feliz, o ressuscito...

De ti restou apenas a dor da saudade
Que machuca e não dar alívio um momento
Mas onde dói não se ver com imensidade
Dor não se mede nem se pega, cutuca ao desalento
Pra não deixar de doer de verdade...

Creio que de nós perdestes mais que eu decerto
Outros me amarão e a felicidade virá até a mim...
Não amará outra...mentirás para todas que estiver por perto
E eu amarei outro como amava a ti e esse amor não vai ter fim...

(Fátima Guimarães)