quarta-feira, 24 de novembro de 2010

VOLTAS


Cada volta tua te perdoei pela alegria que me deste
Tentei fugir mas tanta felicidade me desmontou
Atraída pelo futuro que prometeste
Vi todo meu orgulho ir ao chão das migalhas que sobrou


Olhando teu retrato involuntariamente choro
E o remorso me sacode
Ao relembrar o tempo que perdi visivelmente pioro
Inconsolada minha dor em pranto explode


Quantas vezes em cada tua volta estendi os braços
O que sobrou de ti foi a dor de um desengano que devora...
Decidida morro mais desprendo todos laços
Sepulto lembranças doces do passado que aflora


Deste inferno tudo provei e não te quero nunca mais
Cada volta tua só mal me faz e de quebra sou colocada na cruz
Não sou meia e não vou viver embaixo do teu pé jamais
Te amei acima da medida,sem ser amada sofri e só me expus
Dizia que me queria mas homem vaidoso mente e só seduz


(Fátima Guimarães)