terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A CURA


Ah! fui uma louca que segui teus passos
E tu corrias pelas transversais
Acabas de dobrar a esquina sem rastos
Vais e não me tentes mais!

Que teu nome não venha ferir-me o ouvido
E nem teu vulto me transtorne jamais
Não tragas alegria a um coração partido
Que está só por ficar só e não quer se iludir mais!

Deixastes nossa vida dividida
Sempre fui eu quem mais te amou
Amei mais do que pude acima da medida
Entre a vida verdadeira e a vida errada só a dor restou

Cansada desse amor insano voltei a mim pois sonhei demais
Para tristeza que nem punhal não vencer a vida vivida
Atirei no poço sem fundo a vida que é pensada nos meus ais...
E a única vida que tenho sobrou só as cicatrizes e a ferida

Nos olhos a tristeza do orgulho ferido feriu demais
Não quero migalhas,raspas nem restos...renasce a alma perdida
Não me dou pra quem não me merece mais...
Não quero mais chorar a mesma dor arrependida

(Fátima Guimarães)
01/09/2009